sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Estatal baiana desrespeita trabalhadores e trabalhadoras

"A Embasa informa que o Plano de Carros, Salários e Carreira (PCSC) da empresa foi homologado, no dia 24 de janeiro, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia." A informação foi divulgada hoje pela assessoria de comunicação da empresa e segundo a direção do sindicato, em nota, a homologação foi realizada de forma unilateral, ou seja, sem a anuência da representação dos trabalhadores e trabalhadoras da categoria. Isso porque há diversas discordâncias entre a direção da empresa e do Sindae com relação a tabela salarial, onde alguns profissionais de nível susperior recebem abaixo dos demais, a  legislação regulamentadora da carga horária da profissão de jornalista é desrespeitada e os profissionais de nível médio possuem uma das maiores diferenças salariais do Brasil com relação ao pessoal de nível superior. Além disso, em abril deste ano o PCSC completa 3 anos de implementado e ainda não foi sequer criado um sistema de avaliação, mesmo o Plano prevendo que após 2 anos, ou seja, em abril do ano passado, a empresa deveria ter avaliado os funcionários para que houvesse ou não a promoção por mérito. O sindicato defende que haja tanto a promoção por mérito quanto por antiguidade. A empresa só defende a promoção por mérito. Já os técnicos contábeis, apesar da empresa exigir o registro no Conselho de classe, não foram enquadrados como técnicos no PCSC, permanecendo como profissionais de nível médio, e essa é outra discordância entre sindicato e empresa. A direção do sindicato informa que vai avaliar a questão na próxima reunião da diretoria executiva e retirar os encaminhamentos.     

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

CUT no Fórum Social: crise é o capitalismo se reorganizando para transformar os bens naturais em mercadoria

A Central Única dos Trabalhadores iniciou a participação no terceiro dia do Fórum Social Temático (FST) com uma mesa em que discutiu as mudanças climáticas e a mercantilização da água. Além dos dirigentes brasileiros, o debate contou com sindicalistas da argentina, Itália e uma representante da Palestina.
Secretário de Meio Ambiente da CUT-RS, Marcos Todt, abriu o debate e alertou para a necessidade de a classe trabalhadora fazer a conexão entre o tema do desenvolvimento sustentável com outras questões apontadas pelos dirigentes cutistas nos dias anteriores, como o trabalho decente e distribuição de renda.
A seguir, o secretário nacional de Relações Internacionais da Central, João Felício, comentou que o movimento sindical internacional pretende transformar a Conferência da ONU Sobre Mudanças Climáticas (RIO+20) em um espaço de resistência e luta. “Nas conversas que tivemos com a CSA (Confederação Sindical das Américas) e com CSI (Confederação Sindical Internacional) estabelecemos como meta levar ao menos 400 sindicalistas de todo o mundo. Além disso, nós da CUT pretendemos fazer uma marcha com milhares de cutistas, semelhantes a manifestações que já promovemos em Brasília. Nossa presença não será apenas nos debates, mas também nas ruas”, diz.

FALTA OUSADIA

Ao avaliar a atual crise mundial, a secretária do Meio Ambiente da Central, Carmen Foro, entende que não se trata de um momento de retrocesso do capitalismo, mas sim de uma forma de reorganização. Algo que exige muita atenção dos trabalhadores. “O sistema capitalista vende a ideia de economia verde, pinta tudo de verde, distribui pacotinhos de mudas e diz que ali está a salvação do planeta, mas, volta-se para transformar bens comuns, como o ar e a água, em mercadorias. Só muda o produto”, disse.
Ela criticou também as recentes conferências mundiais climáticas pela falta de ousadia por parte dos países que já se desenvolveram e não assumiram responsabilidade pela emissão dos gases causadores do efeito estufa. E apesar do compromisso voluntário assumido pelo Brasil na 15º. Conferência do Clima (COP15), em Copanhague, as políticas nacionais para redução de danos em setores como energia e na Amazônia ainda estão distantes de vivarem prática. “Temos desafios muito grandes e um deles é definirmos planos estaduais para a adaptação ao desenvolvimento sustentável.”
Carmen acredita ainda que o documento enviado à ONU pelo país por conta da RIO+20 é tímido e exige da CUT e do movimento social uma ampla mobilização. “Devemos pressionar para que o governo brasileiro assuma a liderança e o protagonismo, não só para que a conferência aconteça, mas também para que as proposições apontem novos caminhos para a economia e o social. A geração de empregos, a proteção social e a taxação sobre as transações financeiras devem estar pautadas na carta final e, para isso, podemos aproveitar a Cúpula dos Povos que acontece paralelamente e estará mais disposta a preposições. O que não podemos aceitar é retrocessos, porque o mundo saberá que a PEC do Trabalho Escravo não avança no Congresso, que o Código Florestal está sendo adaptado para atender ao agronegócio”, exemplificou.

INVESTIR NA AGRICULTURA FAMILIAR

Coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf)-Sul, Roberto Balen, alertou sobre a falta de um plano avançado para a agricultura familiar, fundamental para a produção de alimentos de maneira sustentável. “Os governos populares que foram eleitos, como o governo federal e o do Rio Grande do Sul até nos recebem, mas não atendem nossa pauta”, disse.
Segundo Balen, é preciso também melhorar a estrutura. “O Estado precisa investir para aperfeiçoar o sistema de produção e distribuição, para que possamos vender direto ao consumidor, sem precisar passar pelas grandes redes de supermercado, agregando maior valor ao produto.”
O representante da CGIL, da Itália, Sérgio Bassoli, ressaltou que o papel dos sindicatos é buscar retomar a solidariedade e a luta comum contra um inimigo comum: o atual modelo econômico e social que afeta todo o planeta. “A RIO+20 será fundamental para estabelecer respostas que são improrrogáveis.”
Já Luís Giannini e Júlio Cortejado, secretários da CTA, da Argentina, também defenderam a unidade dos trabalhadores. O primeiro destacou que o debate deve englobar a comunicação e o segundo foi outro a mostrar o momento favorável às discussões na América Latina. “Na primeira conferência no Rio, a ECO92, vivíamos um momento de ampla maioria de governos neoliberais. Em 2012, o panorama é muito diferente, mesmo com a crise internacional. Dessa forma, devemos pressionar os governos para que assumam a responsabilidade sobre os bens naturais.”

BOICOTAR O ETNOCÍDIO

Por fim, Maren Mantiovani, da organização Stop The Wall, que luta pela liberdade da Palestina frente à Israel, comentou como os israelenses aplicam o que aprenderam com os EUA em aulas de saques de recursos naturais. “A expansão da fronteira por parte de Israel ocorre também pela água. Hoje, 10% do que temos na Cisjordânia é para utilização dos palestinos e os outros 90% para os israelenses.”
Para prosseguir com essa exploração, Israel criou uma empresa estatal que se apodera e maneja tal riqueza. “Os palestinos tem que comprar a água que é sua para beber, pagando mais caro que os israelenses.”
Ela afirmou ainda que o Brasil já procurou o país importar a tecnologia. Diante disso, a luta do movimento sindical deve ser global, alertou. “Já há contratos com São Paulo, com a Sabesp. E há um ano uma delegação de 20 gaúchos foi para Israel descobrir como utilizar essa estrutura. Precisamos pensar na globalização dessas lutas porque estamos contra multinacionais. Espero que quando vier para o Fórum Mundial Palestina Livre – que acontecerá em novembro, também em Porto Alegre – eu tome água produzida por Porto Alegre e não por um Estado que rouba os recursos de outro país.”


POR: Site da CUT.





sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

CMS convoca assembléia dos movimentos sociais para o dia 28 em Porto Alegre

Fórum Social Temático debaterá “crise do capitalismo, justiça social e ambiental” e deve reunir 50 mil pessoas

O Fórum Social Temático “Crise do capitalismo, justiça social e ambiental”, que se realiza entre os dias 24 e 29 de janeiro em Porto Alegre contará com uma expressiva representação da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS). “Frente ao agravamento da crise global do capitalismo, que cada vez mais penaliza a classe trabalhadora com a adoção de medidas de austeridade que geram desemprego, redução de salários, retirada de direitos, aumento da pobreza e mais violência”, as entidades que se articulam na CMS decidiram nesta terça-feira, durante reunião na sede nacional da CUT, aproveitar o FST para reafirmar “eixos comuns de luta”, definidos na última assembleia dos movimentos sociais, realizada em Dakar, Senegal, em janeiro de 2001.

Entre as prioridades encontram-se a luta contra a “política neocolonial” de sangria das nações pelas instituições financeiras internacionais e seu receituário de “ajuste fiscal” e corte de investimentos; contra as transnacionais, pela justiça climática e pela soberania alimentar; ´para banir a violência contra a mulher; e a luta pela paz e contra a guerra, o colonialismo, as ocupações e a militarização de nossos territórios. O combate às chamadas políticas “verdes” do Banco Mundial, que agravam o problema da fome, da desnutrição e do desemprego, é uma das prioridades, já que redundam em mais concentração e desnacionalização de terras e maior dependência dos agricultores dos pacotes químicos vendidos pelas transnacionais. O abuso de agrotóxicos pelo agronegócio brasileiro é um triste exemplo disso.

EM DEFESA DA PALESTINA LIVRE

Condenando a política de apartheid de Israel e o terrorismo de Estado praticado contra os povos árabes, as entidades também decidiram lançar o Fórum Social Palestina Livre, convocado para novembro deste ano. Desde já a CMS está convocando a assembleia dos movimentos sociais do Fórum para o dia 28 de janeiro, sábado, a partir das 14 horas na Usina do Gasômetro.

Para o presidente da CUT, Artur Henrique, a unidade dos movimentos sociais brasileiros tem possibilitado inúmeras conquistas no último período, como a política de valorização do salário mínimo, avanços que demarcam campo sobre o modelo de desenvolvimento, que afirma a produção contra a especulação.

“Nós somos pelo protagonismo do Estado, que deve ser agente indutor do desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda e valorização do trabalho. Por isso defendemos menos juros e mais investimentos públicos, e um combate efetivo à especulação financeira”, acrescentou o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Antonio Felício. Conforme alertou, “os países que adotaram outro caminho, cortando investimentos sociais e arrochando salários para atender os especuladores, estão mergulhados na crise e sem perspectiva”. Para João Felício, “o Fórum será uma excelente oportunidade para a disputa no campo das ideiais, dialogando com a sociedade sobre qual o modelo que queremos, que tipo de país e de Humanidade”.

O representante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), Joaquim Pinheiro, acredita que o tema da crise internacional potencializa a aglutinação dos movimentos e aponta para uma boa jornada de lutas. Joaquim relatou sobre uma reunião recente com lideranças de 15 países da Articulação dos Movimentos Sociais pela Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas) que têm sublinhado o papel da integração soberana para o enfrentamento e superação da crise. A Via Campesina estará em Porto Alegre com representantes da Argentina, Colômbia, Cuba, Equador, México e Venezuela.

Um dos pontos chaves do debate, avalia o representante do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz), Rubens Diniz, é o combate à visão mercadológica da “economia verde” e “fazer uma análise do motivo central do problema ambiental, que é fruto do modelo de desenvolvimento capitalista, do seu modo de consumo”,

LUTA PELA EFETIVA INDEPENDÊNCIA

Luiza Lafetá, diretora da UNE (União Nacional dos Estudantes, falou sobre a Jornada Continental de Lutas que reunirá 28 países e o significado da mobilização em defesa do ensino público e da ciência e tecnologia nacional para lutar pela verdadeira e efetiva independência. Há 10 anos da comemoração do bicentenário, informou, a UNE prepara uma grande caravana para circular pelas 100 principais cidades brasileiras e estimular uma maior reflexão sobre o tema.

Na avaliação de Alessandra Ceregatti, da Marcha Mundial de Mulheres, a somatória de contribuições expressa o que já vem sendo feito de luta comum e fortalece a mobilização em torno de um projeto para a superação das mazelas impostas por uma ordem internacional excludente. Para Maria Pimentel, secretária de Relações Internacionais da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), o momento é de ampliar o leque de forças para “o combate à crise da dominação, da especulação e do neoliberalismo”. “No Brasil querem importar a crise com os juros altos, que só alimentam o desemprego e comprometem programas sociais”, condenou. Também participaram da reunião Lúcia Stumpf, da União Brasileira de Mulheres (UBM); Edson França da Unegro (União de Negros pela Igualdade) e Sônia Leite, da Marcha Mundial de Mulheres; e Alexandre Bento, da assessoria internacional da CUT.

Por: Site da CUT

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Convocações do Concurso da Embasa

O conselho editorial do Ambiente Sindical gostaria de esclarecer que este site tem o propósito de estabelecer um diálogo com a classe trabalhadora acerca dos diversos assuntos que envolvem o mundo do trabalho e não está vinculado a qualquer sindicato. O tópico sobre o concurso da Embasa foi criado por conta da demanda de um dos membros do Conselho que é funcionário da empresa e diretor sindical. Portanto, o Conselho sugere que sugestões específicas sobre esse assunto sejam enviadas diretamente para o sindicato através do site http://www.sindae-ba.org.br/ ou através do telefone 3111-1700. 

O AS também gostaria de ressaltar que o Sindae é um dos poucos sindicatos no Brasil que não possuem o Imposto Sindical e por isso depende diretamente das filiações. Dizer que um sindicato não precisa de filiação é um discurso da direita e precisa ser combatido. O que tem que ser dito é que o imposto sindical deve ser substituído pela contribuição negociada e que um sindicato é fortalecido pelo seu elevado percentual de filiação. 

Por falar em concurso público da Embasa, hoje a empresa contratou 23 pessoas concursadas, um número bem abaixo do divulgado pela estatal, tanto no cronograma quanto pelo gerente do departamento de pagamento de pessoal. A empresa tem até o dia 14 de maio deste ano para fazer as contratações ou prorrogar a validade do concurso.      

Blog - Danillo - Software Livre Brasil

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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Bahia ganha primeiro Conselho Estadual de Comunicação do Brasil

O Conselho Estadual de Comunicação da Bahia foi instalado e empossado hoje (10), no auditório do Ministério Público da Bahia, em Salvador. Autoridades como o governador do Estado, o prefeito de Salvador em exercício, o ministro de desenvolvimento agrário, secretários de Estado e parlamentares estiveram presentes na cerimônia. Dos 27 membros do conselho que tomaram posse, 7 são do poder público e 20 são da sociedade civil. Esse é o primeiro Conselho estadual de comunicação social criado no país,consultivo e deliberativo, e que consolida uma reivindicação antiga dos movimentos sociais que sempre lutaram pela democratização da comunicação,  distribuição das verbas de publicidade do Estado considerando os diferentes veículos de comunicação e não apenas a partir do critério da audiência, banda larga gratuita e de qualidade para a população de baixa renda e expansão da banda larga de baixo custo, regularização das rádios comunitárias e apoio às mídias populares. A CUT está representando os trabalhadores no Conselho .     

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Revista Brasil revela esquema dos tucanos paulistas

A edição de novembro da Revista do Brasil apresentou como funciona o esquema da venda de emendas realizada pelos deputados da base aliada do governo de São Paulo que busca de todas as formas impedir as tentativas de investigação. O atual secretário estadual de Meio Ambiente, deputado licenciado, admitiu que prefeitos oferecem percentuais em troca das emendas para os minicípios. Além disso, ainda há um esquema de propina que envolve as empreiteiras que realizam as obras. A matéria pode ser acessada através do site www.redebrasilatual.com.br.