domingo, 31 de maio de 2009

Gestão participativa

Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, o presidente Lula retomou o patamar recorde de aprovação que conseguiu antes da crise. O governo é avaliado como ótimo ou bom por 69% dos brasileiros. Para 24% a gestão é regular e, para 6%, ruim ou péssima. O resultado da pesquisa mostra que os efeitos da crise financeira no Brasil não foram tão fortes como em alguns países do primeiro mundo. Mas o importante é perceber que esse processo foi uma prova de fogo para a economia brasileira. Muitos economistas renomados não acreditavam que o país pudesse enfrentar a crise da forma que fez, mantendo o índice de desemprego do país na faixa dos 8,7%, no primeiro quadrimestre, segundo dados do IBGE, ante 8,5% do mesmo período do ano passado. O desemprego se manteve estável, mesmo com a famosa crise.
O Governo Lula está mostrando que crise (de novo ela) se enfrenta com investimentos, principalmente na área social. Sendo assim, as empresas públicas precisam seguir a linha de atuação do Governo Federal e ampliar os investimentos nos seus funcionários, possibilitando a melhoria da qualidade de vida dos seus colaboradores. Não há como negar que alguns setores são mais afetados que outros, mas a verdade é que os gestores precisam reconhecer a necessidade de conquistar seu público interno com ações que fortaleçam o elo entre a organização e seus funcionários. Esse é um ponto fundamental num modelo de gestão participativa.

sábado, 16 de maio de 2009

Sentados à mesa

A experiência de mesa de negociação entre o sindicato e uma empresa é um momento que todo trabalhador deveria vivenciar pelo menos uma vez durante a vida. Muitos consideram a(o) sua(eu) gestora(or) a pessoa com as melhores intenções do mundo, mas é na mesa de negociação que a máscara cai e a verdadeira face vem à tona. Não se surpreendam quando ela(e) tomar uma atitude, durante o expediente, que vá de encontro as suas expectativas porque numa mesa de negociação as intenções são bem mais danosas ao trabalhador.
Às vezes dá vontade de levantar da mesa e deixar as(os) gestoras(es) das empresas falando suas sandices para as paredes. Mas esse teste de paciência faz parte do jogo e das relações de poder que sempre foram estabelecidas entre os patrões e o proletariado.
O interessante disso tudo é que a questão economicista não é o único foco das discussões que são estabelecidas na mesa. A saúde e segurança, as nuances discriminatórias e a vida social dos trabalhadores também são aspectos que fazem parte da pauta dos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT). No entanto, algumas questões sem impacto na folha salarial das empresas parecem que não tem tanta importância para os patrões. A ampliação da licença-maternidade para 180 dias é um exemplo disso. Algumas empresas ainda não incorporaram a importância dessa questão.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2007 foram internadas 180 mil crianças por causa da diarreia e outras 321 mil com pneumonia, casos que custaram R$ 250 milhões ao Sistema Único de Saúde. O leite materno é o alimento ideal e completo para os primeiros seis meses de vida. Além de substituir a água, oferece ingredientes de fácil digestão e anticorpos que combatem as infecções. Com isso há uma redução na mortalidade por diarreia e pneumonia. Diminuem também os casos de asma, renite, alergias alimentares e outras infecções. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o risco dessas doenças é até seis vezes maior em bebês não amamentados. Outra questão que deve ser ressaltada é que a afetividade do contato entre mãe e filho favorece também a formação de uma personalidade menos agressiva e melhora o potencial cognitivo do recém-nascido.
Essas são questões que devem perpassar pela imaginação das(os) gestoras(es) quando estiverem negociando cláusulas tão complexas e que envolvem não só os interesses dos trabalhadores de uma categoria como também influenciam nos demais setores da sociedade.