sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Equidade de gênero foi discutida no Fórum Social Mundial


A equidade de gênero e igualdade de oportunidades e de salário foi tema de uma oficina no terceiro dia do Fórum Social Mundial. A discussão foi promovida pela Internacional de Serviços Públicos (ISP) em parceria com centrais sindicais do país. A oficina foi desenvolvida pela ISP como parte de um projeto mundial de mobilização pela Campanha de Equidade de Remuneração. Atualmente, pesquisas da ISP comprovam que o trabalho da mulher em profissões em que predomina o sexo feminino está sub-remunerado, devido a sua desvalorização histórica. Profissões como assistente social, bibliotecária, enfermeira e educadora, por exemplo, possuem uma remuneração defasada com relação a aquelas onde há um equilíbrio ou uma predominância masculina. Porém, uma pesquisa desenvolvida pela ISP Brasil, por meio do Comitê Nacional de Mulheres, em 2003, identificou que até na mesma função há uma desvalorização do trabalho feminino. O estudo apontou que 62% da força de trabalho no serviço público brasileiro são compostos por mulheres, que recebem 16% menos em comparação aos homens na mesma função.
A empresa de saneamento baiana é a única na área que possui um Comitê de Equidade atuando. O Comitê é formado paritariamente por integrantes da empresa e do sindicato de representação da categoria, sendo que sua criação foi garantida através de acordo coletivo de trabalho. O Comitê tem o objetivo de fortalecer o valor atribuído ao trabalho da mulher mediante a valorização dos empregos femininos, combatendo critérios discriminatórios de classificação salarial através de metodologias de análise dos postos de trabalho ocupados por homens e mulheres dentro da empresa. Além disso, o comitê também tem o propósito de possibilitar o acesso das mulheres a empregos e postos de melhor remuneração através da identificação e remoção das barreiras que as impedem de alcançá-los.
Essas barreiras podem ser ultrapassadas, por exemplo, através do oferecimento de cursos de capacitação e formação profissional durante o horário de trabalho, ampliação do atendimento das creches disponíveis aos filhos/as das trabalhadoras, criação de leis que explicitem a valorização do trabalho das mulheres e criação de cotas para mulheres nos cargos de chefia das empresas ou administração pública.

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