quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A juventude na organização sindical e no ambiente de trabalho


A participação da juventude no movimento sindical foi um dos temas debatidos pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) no FSM. Na ocasião, além da inserção dos jovens no movimento sindical, membros da juventude cutista também debateram questões relacionadas a saúde do trabalhador jovem.
A cultura do individualismo e da competição no local de trabalho, capitaneada pelo neoliberalismo, cria mecanismos para fazer com que os trabalhadores jovens estejam cada vez mais atrelados aos interesses das empresas e muitas vezes não se preocupem com o sua própria qualidade de vida no trabalho. É o processo de alienação do trabalhador. Isso acontece principalmente quando é o primeiro emprego. Portanto, para ultrapassar essa barreira é preciso que o jovem esteja consciente do seu papel enquanto trabalhador e sujeito social, sendo necessário o sindicato assumir a sua responsabilidade no processo, refletindo sobre um modelo de sindicalismo que pense a juventude como uma forma de continuidade da luta sindical.
A atração dos jovens para o sindicalismo pode acontecer através de alguns caminhos possíveis: histórico de participação em outros movimentos sociais, formação de chapas para concorrer as eleições, organizações por local de trabalho, programas de formação, insatisfação com as condições de trabalho. Porém, essa aproximação deve ser construída através de um programa de formação adequado e de um diálogo constante com outros movimentos sociais, onde há a participação dos jovens, para que seja possível identificar a agenda de discussão da juventude e trocar experiências.
No bojo do debate sobre juventude trabalhadora, também é imprescindível falar sobre a questão da saúde do trabalhador jovem. O desenvolvimento tecnológico aliado ao modo de produção capitalista, onde há a exigência de mais produtividade num menor espaço de tempo, faz com que os trabalhadores jovens , e também os demais, estejam submetidos cada vez mais a um ritmo de trabalho intenso e prejudicial a saúde. Essa situação tanto causa doenças laborais físicas quanto psicológicas. Por isso, é necessário que os sindicatos estejam atentos as diversas formas de exploração que causam tantos prejuízos a saúde do trabalhador jovem.

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