domingo, 30 de outubro de 2011

Sétimo módulo do curso de PCI discutiu a atuação das empresas multinacionais

A expansão das empresas multinacionais, principalmente a partir da década de 1970 foi resultado de um processo de reestruturação produtiva que transformou as formas de transmissão das informações e as técnicas de produção, assim como as relações de trabalho. A crise econômica mundial desse período e o neoliberalismo se constituíram como fatores importantes para essa expansão e as multinacionais começaram a se instalar de forma considerável em países que não estavam entre os mais desenvolvidos, como os do continente asiático e da América Latina. Esse foi um dos principais debates do sétimo módulo do curso de Política e Sindicalismo Internacionais da Unicamp.
Entre os principais motivos que são decisivos para essas empresas irem para um determinado país estão a reação às políticas protecionistas, que colocam barreiras comerciais muitos fortes para proteger a indústria local e por isso pode ser mais vantajoso instalar uma unidade de produção no local para disputar o mercado; permanecer próximo ao mercado consumidor, que pode diminuir os custos da comercialização; o controle das outras partes da cadeia produtiva, que pode baratear o custo da produção, principalmente com relação a matéria-prima; as vatagens de usufruir de fatores de capital mais favoráveis, como mão de obra mais barata, energia abundante e barata, infraestrutura e tecnologia; e a questão cambial, que pode tornar mais vantajoso produzir em outro país do que exportar para o mesmo.
Há a necessidade de ficar atento às relações de trabalho esbelecidas pelas multinacionais nos diferentes países onde elas possuem unidades de produção. Uma determinada petrolífera que atua em alguns países, por exemplo, pussui acordo coletivo de trabalho nos países da Europa, mas não possui em Angola, país africano. Também precisamos ficar atentos ao que as multinacionais brasileiras fazem com os trabalhadores e trabalhadoras de outros países. Esse tipo de relação é comum entre essas empresas e o movimento sindical precisa criar e fortalecer as redes sindicais internacionais existentes para que essa internacionalização da exploração do trabalho seja combatida de forma organizada e a partir de parâmetros mundiais. A atuação das entidades sindicais internacionais é fundamental nessa disputa.

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